O mundo está mudando, de forma profunda....
Me preocupa que as grandes empresas não estejam dando atenção suficiente a alguns
dos principais agentes desta mudança, especialmente com relação a
sustentabilidade. E por sustentabilidade enfatizo coisas substanciais, como
questões ambientais, sociais, econômicas e de gestão corporativa. Acho
irresponsável ignorar essas coisas, porque podem pôr em risco o resultado de
longo prazo.
Temos que deixar claro que o business inteligence por trás da sustentabilidade está em reduzir
custos e aumentar lucros, esses são os fatores pelos quais as empresas estão
adotando políticas de sustentabilidade em suas estratégias de negócio... sem
contar os subsídios...
Segundo Green Brands Global Survey, 73% dos brasileiros
planejam aumentar gastos com produtos e serviços verdes. 28% estão dispostos a
destinar quantias até 30% da sua renda. Percebe-se então que o valor das
empresas não se restringe ao lucro, mas também pelos ativos intangíveis.
Esse é um assunto delicado para as empresas brasileiras. O
tema ainda é recente. Não há projetos e tampouco descrição de cargo para quem
assume essa função. Com isso, as funções e o poder dos executivos responsáveis
pelas decisões de sustentabilidade variam de empresa para empresa. (ETHOS,
2015)
Acredito que os
investimentos sustentáveis têm resultados melhores do que se acreditam, sejam
mais fáceis do que parecem, e sejam mais importantes do que se podem imaginar.
Tudo é questão de querer.
Vejam o Brasil: de acordo com o IBGE (até eu escrever este
artigo), somos uma população de 205.030.703 (duzentos e cinco milhões, trinta
mil, setecentos e três habitantes) com uma projeção de crescimento de 1,14%
para este ano, chegando a 228 milhões no ano de 2042.
Fonte IBGE
Consumimos cada vez mais e a perda de recursos naturais cresce em ritmo alucinante de fórmula 1, sem contar que somos o sexto maior país emissor de gases poluentes no mundo.
Essas são questões sociais e ambientais certo? Mas não é só
isso, são questões econômicas e é isso que as torna relevantes para os riscos e
retornos financeiros.
Vamos pensar nas regras de investimento adequadas para os
objetivos futuros: sabemos que os investidores olham para as empresas na qual
decidem investir (ou não) e observam dados financeiros, números como
crescimento das vendas, fluxo de caixa, participação no mercado, valorização e
todas essas delicias financeiras que adoro falar.
Esses índices são fundamentais, mas não são tudo, os
investidores devem avaliar parâmetros de desempenho, ambiente, sociedade e
gestão. Um modelo de gestão corporativo que integre novas ideias, que
supervisione, que crie novos conceitos e que traga o desenvolvimento
sustentável.
"Desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento que garante o atendimento das necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras de atender suas necessidades...” (MUELLER, 2005)
Precisamos recriar a cultura de cidadania corporativa, fazer
o uso consciente das matérias primas, do consumo e investir em soluções. A
sustentabilidade tem que deixar de ser uma função de preservação e passar a ser
de administração, rotina nas discussões de estratégia de qualquer empresa e não
apenas uma escolha.
Pensem nisso...
Bjocas carinhosas!
Fontes:
IBGE
WWF/Brasil
Countrymeters/Brasil
Charles C. Mueller – Estudos
Econômicos
Exame S/A
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