quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Intervenção no RJ e a Reforma da Previdência


Vamos conversar sobre a intervenção federal no Rio de Janeiro?

Hoje vamos conversar sobre um tema polêmico, que está sendo amplamente discutido, mas ainda não vi nada que te oriente na prática.
Bom, alguém consegue acreditar que uma intervenção federal vai resolver o problema da segurança do Rio de Janeiro? Duvido!
Já usaram esse expediente várias vezes, encheram as ruas de soldados e não adiantou nada. Pelo contrário, só vem piorando. Mascara o infortúnio que já se encontra instalado e promete a meu ver trocar seis por meia dúzia. Vale ressaltar que o Rio vem de um endividamento muito grande, e esta dívida já está numa situação impagável. O Estado está passando a maior crise econômica já vivida e agora se abre a ingovernabilidade visto que entregou a segurança do Estado para os militares.

Porque é importante mencionar isto neste momento Janaína?

Porque não há nenhuma expectativa de reformulação orçamentária, e, portanto, o interventor terá que “sambar” para utilizar os recursos que cabe a segurança pública, lembrando que os policiais não receberam o seu décimo terceiro salário até hoje, e já estamos no final de fevereiro.
Além disso, a onda de insegurança traz uma onda de medo ao Rio, e o mercado do turismo é atacado diretamente e diminui o giro de dinheiro de maneira significativa. Esta operação a meu ver tem mais um caráter político e midiático do que de fato visa a segurança pública. Não vislumbro resolução e muito menos melhoria.
Desde 1992 que já temos este mascarar da situação, e aumenta, infelizmente, a cada evento. Mas se formos analisar questões pontuais, analisemos a ocupação da Maré onde em 12 meses foram gastos mais de 300 milhões e até agora não houve apresentação de resultados, e pense, ainda era colaborativo.
Acredito que esta intervenção deveria ter sido feita também em todos os estados que estão sofrendo com problemas de segurança gravíssimos como, por exemplo, o Ceará e o Acre.

Mas por que o Rio de Janeiro?

Porque o Rio é o cartão postal do país e a situação fica muito latente. Outro ponto a salientar é que com a intervenção federal nenhuma mudança constitucional pode acontecer e, portanto, a própria reforma da previdência fica impossibilitada. Embora haja boatos de uma suspensão temporária para que a votação aconteça.

E a Previdência Janaina?

Em relação a reforma, acredito que muita coisa podia ter sido apresentada de uma forma diferente. Vejo que há um rombo e que há um problema estrutural a ser debatido, mas a forma como está sendo feito me soa, como tudo já mencionado, cunho político.
Observe que temos grandes devedores no INSS. Os próprios políticos que se aposentam com um período inferior e com salário integral somam a esta conta.
É preciso uma reforma, mas é necessária uma mudança. Estamos envelhecendo e os costumes estão mudando. Se pensarmos nas gerações passadas, observe o número de filhos. Hoje os casais têm um, no máximo dois filhos, e isto também trará um impacto econômico (conversaremos sobre em outra ocasião).



         Os recursos da medicina aumentaram a expectativa de vida, e assim, estamos envelhecendo mais e melhor.


Entretanto, se faz necessário um Plano B para a aposentadoria, a história nos mostra que a conta não fecha.

Se pergunte:
Qual o padrão de vida que eu desejo? Como você gostaria de passar a sua       velhice, o que você gostaria de fazer?

Na velhice você não tem mais filho para criar, é verdade. Mas já orçou quanto custa um plano de saúde na velhice? É mais que o quadruplo do valor de quando se tem 30 anos, é muito mais caro. E os remédios? Os mais caros que te ajudam a deixar a “sua máquina” em bom funcionamento, não são dados pelo governo.

"Aposentadoria é para quem nunca fez o que quis. Quem faz o que gosta não quer parar nuncaMax Amadeus 

Outro ponto de atenção é que muitas pessoas acabam se aposentando e ficam inoperantes e isto gera uma desmotivação que pode vir gerar uma depressão e até mesmo a morte, sabia?

Mas com certeza o fator mais agravante é o financeiro, já que sua renda se torna menor dependendo do fator previdenciário e se a aposentadoria é por idade ou por tempo de contribuição.

Para quem não se planejou muito bem e depende somente da ajuda do INSS, por exemplo, a situação financeira pode não favorecer. Se você tem o foco de usar a aposentadoria para conhecer o mundo, é preciso se planejar ainda quando tem idade entre 20 e 30 anos, pensando em investimentos de longo prazo capazes de te garantir segurança e estabilidade financeira no futuro. Um plano de previdência privada ou mesmo o investimento em títulos públicos pode ser estudado como formas de garantir uma boa aposentadoria.

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